terça-feira, 25 de junho de 2013
Scars & Stories - As Histórias Por Trás Das Cicatrizes - Última Parte
Be Still. A canção mais sentimental do álbum. A última. Pra fechar com chave de ouro as histórias e as cicatrizes. Histórias reais, cantadas da forma mais linda.
Isaac:
Meu irmão mais novo, Micah, me ligou às quatro da manhã um dia. Ele não estava conseguindo dormir, então eu conversei com ele um pouco, tentei confortá-lo, mas eu realmente não sabia o que dizer. Ele voltou para a cama, e eu também. No dia seguinte, eu acordei e havia um violão do lado da minha cama. Eu comecei a tocar a música – tipo, eu não a escrevi, eu simplesmente comecei a cantar. A melodia e a letra simplesmente se encaixaram. Isso só aconteceu uma vez, com Happiness. Nunca é tão fácil assim. Parece que a música foi baixando na minha cabeça. Mas eu não havia terminado, só tinha dois ou três versos. Eu escrevi a canção em uns dez minutos e cantei para minha esposa. Depois disso, eu fui para o estúdio e fiquei cantando essa canção algumas vezes, gravei, apertava play-pause play-pause. Terminei, e mandei uma mensagem para os caras: “Eu tenho uma canção de dormir e quero gravar. Provavelmente não vai encaixar no álbum, mas eu quero gravar e mandar para o meu irmão.” Porque sinceramente, eu não tinha ideia do que dizer.
Eu toquei a canção, e os caras entraram na sala e disseram: “Isso parece ser importante. Toque de novo.” Aí, eles deitaram em volta do piano. Eu nunca vou esquecer deles deitados, com os olhos fechados e as luzes apagadas, às 10 da manhã. E é claro, nós decidimos que Be Still deveria estar no álbum.
Joe:
Essa canção é muito especial. Isaac estava me contando que seu irmão estava com dificuldades para dormir e o ligou no meio da noite, o Isaac o acalmou, disse que tudo ficaria bem. Aí ele queria gravar essa canção só para o seu irmão. Era uma canção confortante, você sente a intimidade dela. A proximidade e o amor dele [Isaac] pelo irmão estão nessa canção. Até a voz ficou diferente. Eu me lembro da primeira vez que ouvi Be Still, e o Isaac disse que era só uma ideia, que precisava ser melhorada. Quando ele terminou, eu disse: “Essa canção é intocável. Não precisa mudar nada, está perfeita.”.
É difícil fazer isso, sabe. É difícil capturar uma canção na primeira vez, e não mudar nada. Estava tão perfeita que nós nem tentamos colocar a banda toda nela. Esta é, sem dúvida, a canção mais crua no álbum. Há alguns erros nos tons e a voz do Isaac falha durante ela. Ela também se tornou especial para mim e minha família. Eu até toquei para as minhas filhas um dia. Fui até o quarto delas e disse: “O papai quer mostrar uma canção para vocês. O Isaac fez para o irmão mais novo dele.” Nós três sentamos na cama, e ouvimos até o final.
Acabou. Acabou Scars & Stories. Essas foram as histórias reais, contadas por quem as viveu. Agora, nós fãs ficamos na espera de mais um álbum maravilhoso que está por vir. Preparem-se para mais emoções. Obrigado por nos acompanhar frayers!
sábado, 8 de junho de 2013
Scars & Stories - As Histórias Por Trás Das Cicatrizes
Como eu prometi, a próxima história não demoraria muito. E eu sei que tem muita gente ansiosa pela linda história de Rainy Zurich. Vejam porque eu fico tão feliz ao ver o Joe feliz, porque o coitadinho sofreu muito! É poético, é The Fray. Chorem aí.
Isaac:
Rainy Zurich, eu vou deixar o Joe contar essa história, mas ele escreveu essa canção
em Zurich (Alemanha), num dia super nublado, chuvoso. Eu havia escrito uma música chamada Zurich, e ficou uma droga. Mas o Joe foi demais. A canção dele tinha uma incrível exploração/curiosidade sobre a vida, mas vou deixá-lo contar.
Joe:
Foi durante um tour, em Zurich. Eu não ia para casa há dois meses, e eu fui para meu quarto no hotel. Estava chovendo lá fora, eu havia ficado apertado dentro de um avião o dia todo e estava cansado, mas eu simplesmente não queria ficar dentro do quarto. Outro quarto frio de hotel, com lâmpadas modernas e TV’s fixadas nas paredes. Eu estava muito entediado com o lugar que eu estava. Então, estando em uma cidade linda, eu decidi sair e andar na chuva. Eu saí, e senti como se eu fosse o único na cidade inteira. Devia ser umas onze da noite, e eu estava andando pelas ruas e becos de Zurich, encharcado. Eu voltei para o quarto e comecei a compor. Eu estava sentindo falta de casa, sentindo falta de emoção. Eu também estava com saudades da minha querida. Estava querendo-a e não podia estar com ela, e esse é o elemento de desejo nessa canção. Eu capturei o que estava sentindo naquela noite, e coloquei nessa canção.
''A arte nunca vem da felicidade.'' Eu já vi essa frase muitas vezes mas ela nunca fez tanto sentido quando como li essa história pela primeira vez. Num momento em que o Joe estava na fossa, ele conseguiu transformar isso em canção, diga-se de passagem, uma das mais lindas do álbum. Compositores reais, com canções reais. É por isso que amamos esses garotos. Até a próxima e última história, Be Still! Um beijo e obrigado!
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quarta-feira, 5 de junho de 2013
Scars &; Stories - As histórias por trás das cicatrizes - Parte 9
Eu sei, eu sei. Havia me esquecido de postar a continuação da série "Histórias por trás das cicatrizes". Maaaaaas, eu vou terminar de postar, para a alegria de todos. A história em questão é da música 48 To Go, e acho que pela letra já dá pra ter uma noção sobre o que ela significa. Veja o que Isaac e Joe contam sobre essa canção.
Isaac:
Quando estávamos namorando, Anna e eu viajamos de carro. Nós mal conhecíamos um ao outro, mas viajamos de carro para Los Angeles. Ficamos perdidos depois de alguns km. Nós pegamos um mapa com um amigo, – isso foi antes dos iPhones – entramos no carro e dirigimos para o sul, aproveitando para pagar um atalho com uma linda visão das montanhas. Nós paramos várias vezes, se perdendo nos olhos um do outro e essas coisas. Eu me lembro de ter visto uma placa: “Juarez - 93 km”. Eu olhei pra ela e disse: “Quer saber? Acho que precisamos dar uma volta.” Paramos, e de repente começou a chover, e nos beijamos debaixo de uma marquise – foi uma viagem épica. Então, sim, eu escrevi a canção sobre esse amor.
Isaac e eu fomos a diferentes viagens há dois anos. Eu viajei com as minhas meninas para a Costa Oeste, e foi uma das melhores viagens da minha vida. Levei-as para acampar, fizemos fogueiras na praia, compramos peixe fresco no mercado, cozinhamos. Foi uma viagem de umas duas semanas, e nós paramos em todos os lugares bonitos que vimos pelo caminho. A ligação que eu criei com as minhas pequenas foi inacreditável. Eu nunca vou esquecer. Então, nós dois tivemos essas experiências nas viagens, começamos a conversar e compor sobre isso. Sobre essa ideia de o que uma viagem é capaz de fazer, as memórias que ela cria. Nós colocamos essa ideia na música, mas íamos descartá-la. Por alguma razão, nós estávamos obcecados em fazer um álbum com 10 ou 11 faixas. Então, inevitavelmente nós iríamos descartar algumas canções que talvez não fizessem sentido. Um dia eu toquei o álbum todo para um amigo, e eu disse: “Cara, eu não sei se vou te mostrar essa próxima canção, talvez ela não vá estar no álbum.” E ele disse: “Não, não. Eu quero ouvir.” Então eu toquei para ele, e quando acabei, ele disse: “Cara, você seria louco de não colocar essa música no álbum.Ai ele fez todo um discurso sobre como aquela era a canção favorita dele, o significado dela, e tal. E mais uma vez, eu levei um tapa na cara, com a perspectiva de alguém de fora. Nesse momento, eu mandei uma mensagens para os caras: “Nós temos que colocar essa canção no álbum.”
Que bonitinho *---* Isaac e Joe apaixonados, levando seus amores para viajar. Essas "road trips" dão o que falar hein! A próxima história é de uma música que eu gosto muito nesse álbum. Rainy Zurich é a tradução de um dia chuvoso e depressivo de Joe King. Logo, logo vocês vão saber!
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